Diante de um mundo cada vez mais globalizado, competitivo e enérgico, o cenário profissional acompanha essas transformações, tornando importante refletir sobre diferentes formas de desenvolver sua carreira. Nesse contexto, observamos as carreiras não lineares, se opondo às carreiras lineares, que são mais comuns no mercado de trabalho.
Enquanto as carreiras lineares seguem um caminho mais previsível e estável, as carreiras não lineares permitem aos trabalhadores explorar diversas oportunidades e desenvolver habilidades diversificadas, adaptando-se às mudanças do mercado e aos próprios anseios. Neste artigo, vamos entender um pouco sobre essas carreiras não lineares.
Carreira linear
Antes de compreender o que são carreiras não lineares, precisamos entender as lineares. Como o próprio nome já sugere, uma carreira linear é aquela carreira que segue a direção de uma linha, em que sua ascensão ocorre da forma esperada, em que o profissional sobe degrau por degrau até alcançar a posição desejada. Como exemplo, podemos citar os estagiários, que iniciam sua carreira profissional na empresa e acabam sendo efetivados. Esse modelo de carreira ainda é muito presente na cultura empresarial, contudo, atualmente, é possível perceber outras formas de carreiras, como veremos a seguir.
O que são carreiras não lineares?
Por outro lado, temos a carreira não linear, que se caracteriza como uma rota mais livre, dinâmica e mais adepta às demandas do novo mercado de trabalho. Assim, diferente da ideia linear, em que você encontra apenas dois caminhos (subir de cargo ou sair da empresa), as carreiras não lineares proporcionam uma troca da rota, diversos caminhos, mais dinamismo e novas possibilidades.
Carreira em Y
A definição de “carreira em Y” trata-se de um modelo que emergiu diante da necessidade de inovação das organizações. Ou seja, nesse tipo de carreira, o profissional que apresenta muitas habilidades, não precisa ser, necessariamente, promovido a líder. Nesse caso, o líder não é aquele que apresentou mais rendimentos dentro da empresa, mas aquele que é capaz de liderar. Dessa forma, o colaborador pode escolher qual caminho seguir, optando por um cargo gerencial ou ser um especialista em determinada área de interesse.
Assim, no mercado de trabalho atual, profissionais qualificados que não tenham perfil ou interesses especificamente gerenciais, podem ocupar cargos de especialista ou consultoria, por exemplo, e obter os mesmos cargos e salários, além de serem promovidos profissionalmente.
Vale destacar que este modelo de carreira em Y evita que profissionais com alta capacidade se tornem gerentes por não terem condições ou por não quererem desenvolver tal função.
Carreira em W
Entendemos que na carreira em Y, o profissional precisa optar por sua posição, certo?
Já no plano de carreira em W, o colaborador pode transitar nos dois caminhos — tanto como o líder gerencial, como também em especialista. Nesse contexto, o colaborador tem a liberdade de poder gerir uma equipe e, de forma simultânea, poder desempenhar suas funções técnicas de especialista em determinado assunto.
Nesse modelo, de carreira em W, há mais liberdade, onde a organização pode inclusive, aproveitar e utilizar melhor as habilidades e o talento de cada colaborador de acordo com as demandas da empresa.
Carreira em X
No modelo de carreira em X, o colaborador precisa levar em consideração o intuito que tem de evolução e ascensão na empresa, desenvolvendo e praticando o papel que for necessário para alcançar seus objetivos.
As pessoas que escolhem o modelo de carreira X não trabalham para um cargo em uma empresa. Elas estão trabalhando para um propósito futuro.
Os profissionais que buscam uma carreira X sempre levam em consideração se as empresas estão alinhadas com seus valores e objetivos pessoais.
Portanto, nesse modelo, o colaborador precisa ser versátil e alinhado à capacidade de desenvolver diversas funções de acordo com as necessidades que forem surgindo.
Diante desses modelos de carreira, podemos dizer que essas novas tendências são uma forma de incluir e incentivar diversos colaboradores e promoverem uma maior liberdade dentro de suas habilidades pessoais e individuais, a favor do objetivo e desenvolvimento positivo de uma instituição.